Pura Sede - Celebrating Natural Wines

No passado dia 8 de Março 2020 tive a oportunidade de participar no Pura Sede Lisboa. O evento decorreu no espaço Suspenso (antigo Santiago Alquimista) entre as Portas do Sol e o Castelo de S. Jorge. E foi sem dúvida a prova de vinhos mais hipster que participei.

O foco foram os vinhos naturais, vinhos com nada adicionado e nada retirado. O nome deste evento foi sem dúvida um trocadilho entre aqueles que têm pura sede e desejo/sede de pureza no vinho. Desta forma o foco dos diferentes produtores era o “Vinho Natural” e assim apresentá-lo como sempre foi feito.

Os participantes vieram de diferentes partes da Europa e quem os foi visitar demonstra claramente o nicho de negócio que estes vinhos refletem.

Quando falamos em vinhos naturais muitas podem ser as concessões de cada um e sem dúvida que nem todos estaremos de acordo. Uma vez que não existe qualquer tipo de regulamentação do que é um vinho natural é-me difícil arranjar um definição sem que para isso inicie num dissertação filosófica.

Como em tudo devemos sempre ser críticos e não nos deixarmos influenciar pelas modas, também nos vinhos como em qualquer outra indústria há vinhos biológicos maus e muito bons.

Deixo-vos aqui um link para um artigo que em tempos li e que pode ajudar à reflexão.

No que toca à prova em si e não querendo parecer patriota os vinhos portugueses foram sem dúvida os que mais se destacaram quer a nível sensorial quer tecnológico. Realço dois desses produtores: Quinta da Costa do Pinhão (Douro) e António Madeira (Dão).

Em termos internacionais não posso deixar de dar uma “menção honrosa” ao Andi Knauss (Alemanha - Baden Württemberg) e Weingut Schmitt (Alemanha - Rheinhessen) que apresentaram os seus vinhos de forma despretenciosa e equilibrada.